O comércio eletrônico só tem a ganhar ao se aproximar das redes sociais. Novas oportunidades podem surgir com o relacionamento facilitado pelas ferramentas de interação.
Enquanto muita gente não se preocupa com o conceito das coisas, muitos “sobrinhos” desenvolvedores estão no mercado de trabalho competindo com pequenas e médias agências digitais. Você precisa ter algo a mais do que eles. E é fácil, veja:
Com a ajuda da Wikipédia podemos dizer que:
Rede social é uma das formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres entre si ou entre seus agrupamentos de interesses mútuos. A rede é responsável pelo compartilhamento de ideias entre pessoas que possuem interesses e objetivo em comum e também valores a serem compartilhados. Assim, um grupo de discussão é composto por indivíduos que possuem identidades semelhantes.
O que acontece hoje por parte dos sobrinhos é uma oferta ao cliente de todas as formas disponíveis e gratuitas de redes sociais, independente se a empresa possui o perfil ou se faz uso adequado realmente da ferramenta.
Sim, é verdade que as decisões de compra em tempos de internet são influenciadas não só pelas redes primárias das pessoas (família, amigos, formadores de opinião) como também pelos blogs, sites de comunidade (redes sociais) páginas pessoais e afins. Mas antes de colocar a cara à tapa as empresas devem desenvolver junto às agências digitais um planejamento estratégico e definir o foco de sua participação nas redes sociais. Existem diversas oportunidades de negócio na web e diversas formas de interação com o usuário, basta analisar qual a melhor opção de interagir com seu cliente.
O que é Comércio Social?
Comércio social é a união de ferramentas de loja virtual (vendas de produtos online) com ferramentas de interação vindas da chamada web 2.0 (blog, fóruns, Twitter, Orkut, Facebook etc.). Existem brasileiros utilizando esse conceito, que na minha opinião é um ótimo modelo de negócio para as empresas e clientes. O exemplo mais popular da web é o Camiseteria. O conteúdo é fornecido, escolhido e comprado pelos usuários participantes da comunidade. Vale a pena conferir o case.
Outro ponto importante no comércio social é que os usuários tornam-se mais seguros para realizar a compra. Muitas pessoas desejam algum contato humano antes de realizar a compra, principalmente para tirar alguma dúvida com relação a frete, especificações do produto, prazo de entrega e outras informações. Ter uma forma de interação neste sentido é fundamental para aumentar as vendas.
Um ponto importante visto através de pesquisas da Nielsen é que o tempo de navegação por pessoa em ambiente residencial no Brasil é mais alto que em outros países por causa do intenso uso de sites sociais.
Dados do mercado
- Média de navegação por usuário em mídia social – 4h/mês (Comscore)
- 17% dos internautas criam blogs ou sites (Cetic.Br)
- 51% dos internautas residenciais lêem blogs (Ibope/NetRatings)
- 35 milhões de perfis no Twitter (Março de 2009, este número já deve ter aumentado em grande escala, estimativa de 100 milhões de usuários até o final do ano. – Info)
- 74% dos internautas do Brasil assistem vídeos online (Cetic.Br)
- O Twitter já permite que aplicativos de terceiros, como Seesmic e BirdFeed, ofereçam recursos de geolocalização aos usuários.(Info)
As agências digitais estão tendo que se preparar melhor e poder vender este novo conceito para seus clientes – para enfrentar o amadorismo elas precisam avançar mais nestes novos conceitos, fornecer um planejamento estratégico e assim criar um plano de comunicação focado no usuário.
A idéia não é vender a qualquer custo, mas criar um relacionamento mais próximo com o usuário, de modo a conhecer mais suas preferências e sua cultura e fornecer então o produto certo na hora certa. Em função disso, amadurece outra tendência, chamada de CSM (Comércio Social Móvel/Mobile), também baseada em conhecer bem o cliente e acima de tudo estar presente a hora certa e no lugar certo.
Para isso o recado para as empresas é focar mais no cliente, conhecer mais o usuário, personalizar mais o produto e o atendimento – e consequentemente vender mais os produtos e ter uma boa imagem.
Sobre o autor
Rapahel Monteiro Barboza é designer de interfaces, profissional de marketing e dirige a agência Q. Design.